LÍGIA GUERRA

Por que carrego doçura na alma e asas nos pés?
Porque sinto a vida além do óbvio.
Porque enxergo sol em dias de chuva.
Porque amo até mesmo o desamor.
Porque acolho cada gesto com os braços do coração.
Porque perfumo o caminho das estrelas.
Porque componho alegria na poesia da tristeza.
Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!

* Lígia Guerra*

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Sobre a Vaidade...


Eis uma das piores ilusões que uma pessoa pode experimentar, confundir fama com valor. Famoso qualquer um pode se tornar, basta alguém sair pelado e gritando pelo meio da rua para que imediatamente se torne conhecido. 

Ser de valor é bem diferente! 

Qual de nós nunca foi ao velório de uma pessoa aparentemente anônima, mas que estava lotado de entristecidos se despedindo e contando histórias de generosidade e de superação sobre aquele que partiu? 

Enquanto o famoso é esquecido com a rapidez dos tolos… O valoroso é eternizado pela gratidão dos sábios, não por orgulho, mas porque ele se importou com aqueles que estavam ao seu lado, foi muito além do próprio umbigo. 

De nada adianta a assinatura de alguém virar autógrafo se a única conta que cresce, seja emocional ou financeira, é a própria. 

De nada adianta ter alguma religião, vestir ares de bondade, rezar, decorar versículos bíblicos ou repetir mantras se as atitudes não estão afinizadas com o discurso. 

De nada adianta ser um sucesso no trabalho e um carrasco no lar. O nosso ego pode ser iludido em qualquer contexto. Podemos ser famosos ou valorosos em qualquer lugar, nos pequenos ou nos grandes “palcos”. 

As ilusões se constroem diante de holofotes reais ou imaginários, seja aspirando por aplausos na terra ou por um lugar especial no céu. 

Para não cair nas armadilhas do orgulho é preciso que nos aconcheguemos entre os braços da humildade. Ela é que cura a miopia da vaidade. 

*Lígia Guerra*


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